Atender as vítimas de violência doméstica ou em busca de orientações jurídicas é o papel do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame), órgão ligado a Assembleia Legislativa de Roraima. As crianças, que acompanham essas mulheres, recebem tratamento diferenciado na brinquedoteca do Chame.
Um espaço amplo, seguro, com bonecas, carrinhos, jogos educativos, revistas e livros, tudo para entreter as crianças. “Temos aqui todo esse material utilizado para diversão e aqui na brinquedoteca funciona um projeto muito legal que é o Tesouro das Letras e a Caixa Viajante para estímulo à leitura”, contou a coordenadora do Chame, deputada Lenir Rodrigues (PPS).
O espaço existe desde a implantação do Chame, mas, devido à proporção dos atendimentos diários, houve a necessidade de ampliar o espaço que agora conta com mesas e cadeiras para crianças pequenas. “Cresceu o número de atendimentos no Chame, na Procuradoria Especial da Mulher, agora com o Núcleo de Tráfico de Pessoas e o Grupo Reflexivo Re-construir e, com isso, aumentou o público infantil”, completou.
A coordenadora falou que a população pode ajudar com doações de livros e brinquedos. “A sociedade pode ajudar com envio de brinquedos para cá, revistas, livros, aquelas revistinhas que estão paradas tragam que a gente leva também para as comunidades”, destacou. A sede do Chame fica na rua Coronel Pinto, 524, no Centro.
A psicóloga no Chame, Elizabete Brito, ressaltou a importância desse tipo de espaço em um local como o Chame que recebe muitas vítimas de violência doméstica. “A mãe sofre um tipo de conflito dentro de casa e quer denunciar, mas não tem com quem deixar essa criança. Então, ela chegará aqui no órgão e deixará o filho na brinquedoteca enquanto recebe atendimento pela equipe”.
Projetos de leitura – Os projetos “Tesouro das Letras” e “Caixa Viajante” têm como proposta incentivar o hábito da leitura em crianças, jovens e adultos. Edições de obras infantis e literárias são levadas às comunidades durante as ações do Chame no interior do Estado. “A caixa viaja cheia e volta vazia, nós deixamos os livros para se criar um círculo de leituras naquela localidade”, explicou Lenir Rodrigues. Quando não viaja, a Caixa fica na brinquedoteca.
Foto: Hisraufre Emiliano
Yasmin Guedes
SupCom ALE