Decisão foi tomada em todo o país por outros chefes da CGU, diz Max Túlio.
Ministro Fabiano Silveira criticou a condução da Operação Lava Jato.
O chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) em Roraima, Max Túlio Ribeiro Menezes, colocou o cargo à disposição nesta segunda-feira (30). Segundo ele, a decisão foi tomada também por chefes de divisões e diretores do órgão.
Ao G1, Max Túlio explicou que a decisão faz parte de um ato que ocorreu em todo o país. A CGU é ligada ao Ministério de Transparência.
“O motivo foi a divulgação dos áudios. É um áudio delicado. Isso descredibiliza a gente. Você deve ter uma pessoa a frente do órgão acima de qualquer suspeita”, diz Max Túlio.
A decisão foi tomada após gravações reveladas neste domingo (29) pelo “Fantástico”, da TV Globo, do ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na qual ele criticou a condução da Operação Lava Jato.
Sobre as gravações
Nas gravações reveladas pelo “Fantástico”, Fabiano Silveira, além criticar a Procuradoria-Geral da República (PGR), dá conselhos a Renan Calheiros e ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado – ambos investigados no esquema de corrupção que atuava na Petrobras. A conversa foi gravada por Machado, novo delator da Lava Jato, em 24 de fevereiro.
No encontro de domingo com o ministro da Transparência, Temer avaliou que o caso de Fabiano Silveira é “menos grave” que o do senador Romero Jucá (PMDB-RR), flagrado em gravações de Sérgio Machado sugerindo um “pacto” para barrar a Operação Lava Jato. Em razão da repercussão negativa dos áudios, Jucá teve de deixar o comando do Ministério do Planejamento.
FONTE: G1/GLOBO