Uma das atividades que integram o setor produtivo, a piscicultura movimentou em Roraima no ano de 2015 cerca de R$ 70 milhões, desde os tanques de criação até os supermercados, frigoríficos e casas que comercializam peixe.
Com 4,5 mil hectares de lâmina d’água e mais de 1,1 mil piscicultores em todo o Estado, no último ano foram produzidas 11,9 mil toneladas de pescado, comercializadas no mercado roraimense e também no Estado do Amazonas.
O coordenador da vertente de piscicultura da Seapa (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Marlon Maia, informou que 85% dos produtores são da agricultura familiar, seguido dos pequenos com 6%, comunidades indígenas com 5% e médios e grandes com 2% cada.
Ele frisou que os percentuais são diferentes quando se trata da produção. “Apesar de os agricultores familiares serem maioria, a produção deles é baixa. Hoje 63,58% da produção estão nas mãos de grandes produtores. Em seguida vem os pequenos com 15,24%, médio com 11,52%, agricultura familiar com 8,50%, seguido das comunidades indígenas com 1,16%”, explicou.
Maia informou ainda que o trabalho desenvolvido pela Coordenação de Piscicultura é de fundamental importância para o desenvolvimento do setor em Roraima. “Os produtores familiares e pequenos contam com o apoio da Seapa na área de assistência técnica e fornecimento de insumos”, disse.
Diante da observação, de que aproximadamente 90% dos problemas ocorridos nas pisciculturas do Estado, estão associados à qualidade de água, a Coordenação de Piscicultura, tem recomendado a utilização de calcário agrícola nos tanques. Somente no ano de 2015 mais de 30 produtores receberam 87,02 toneladas de calcário e de janeiro a agosto de 2016 já foram mais de 100 toneladas. O insumo é essencial para o desenvolvimento da atividade.
Outra ferramenta a disposição do produtor é o caminhão do Peixe. Para ter acesso, o produtor deve relatar as dificuldades enfrentadas na comercialização do pescado e solicitar apoio. Técnicos da Seapa vão até a propriedade onde os peixes são criados verificar se todas as normas de sanidade estão sendo cumpridas.
“Depois de averiguada a situação, disponibilizamos o Caminhão do Peixe para que o produtor possa vender o pescado. Todo esse processo é vantajoso também para o consumidor, que terá acesso a um pescado mais barato, pois não conta com a figura do atravessador. A época em que são registradas as maiores vendas é na Semana Santa, com cerca de 1400 atendimentos”, detalhou.
O Caminhão do Peixe comercializa pescado nos principais bairros periféricos da Capital e alguns municípios, onde a oferta do alimento é deficitária. A busca pelo aumento do consumo de peixes nessas localidades tem sido o principal objetivo da ação, em seguida a possibilidade do piscicultor e/ou pescador comercializar o produto diretamente ao consumidor, melhorando assim a rentabilidade.
CAPACITAÇÃO – Além da assistência técnica, a coordenação de piscicultura também fornece capacitação aos técnicos presentes nas CPRs (Casa do Produtor Rural). Desde o início do ano de 2015 foram realizadas 368 atividades, entre visitas técnicas, reuniões de nivelamento, reuniões de grupos de trabalho, capacitação de produtores e missões interestaduais, e ainda, ocupou a cadeira de conselheiro, no Conselho Estadual de Sanidade Animal. “As capacitações deram-se a partir da procura dos técnicos que identificaram a necessidade de tal ação”, disse Maia.
FONTE: GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA