Conselheiros do município cobram 3 meses de salários atrasados.
Prefeito Altemir Campos (PSDB) não foi localizado.

Conselheiros tutelares do município de Pacaraima, Norte de Roraima, paralisaram as atividades pela segunda vez neste ano. Eles cobram três meses de salários atrasados e condições de trabalho na sede da entidade, que é administrada pela prefeitura do município. A greve ocorre há 11 dias.
O G1 tentou contato por telefone com o prefeito de Pacaraima nesta terça-feira (11) mas as ligações não foram atendidas. Mensagens de texto também foram enviadas, mas nenhuma resposta foi recebida.
Um acordo entre a administração municipal e a categoria foi feito em uma reunião no mês de julho para tentar solucionar os problemas denunciados, entretanto, segundo o conselheiro João Paulo, o pacto não foi cumprido. Ele afirma que a categoria tentou conversar no início deste mês com o prefeito de Pacaraima, Altemir da Silva (PSDB), mas sem sucesso.
“Fizemos um acordo com o prefeito e alguns secretários dele [em julho] e nada foi cumprido. Continuamos com os salários atrasados, as nossas diárias não são pagas, materiais de expediente para nossas atividades não foram entregues. Nem tinta para impressora temos. O documento do carro do Conselho está vencido há três anos”, afirma João Paulo.
De acordo com ele, o veículo chegou a ser parado pela PRF quando um equipe do Conselho estava em diligência.
” Foi constrangedor para nós e para a criança que conduzíamos. O carro não foi tomado porque a equipe de policiais entenderam que estávamos em atividade”, diz o conselheiro.
Ele disse ter se reunido no dia 30 de setembro com o prefeito de Pacaraima e com os demais conselheiros. “Na ocasião, alegou não ter como fazer nada pela nossa situação, pois depende de repasses de recurso, tanto dos governos federal com o estadual e ainda deu outra desculpa dizendo que a cidade estava em crise e a prefeitura falida”, relata.
No dia 3 de outubro, os cinco conselheiros de Pacaraima decidiram paralisar as atividades, resguardando 30% de oferta de serviço.”Não temos a quem pedir ajuda”, lamenta.
FONTE: G1