
Foto: Secom Roraima

As máscaras produzidas na unidade prisional passaram por avaliação da Sesau e podem ser utilizadas por profissionais que trabalham em hospitais
Um dos itens mais procurados por profissionais da saúde e pela população em geral neste momento de pandemia do novo coronavírus (COVID-19) são máscaras de proteção. Com o item já em falta no mercado, a Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania) autorizou detentas da Cadeia Pública Feminina de Boa Vista a produzirem 1.000 unidades, para inicialmente atender os hospitais da capital.
As máscaras produzidas na oficina de costura da unidade prisional foram avaliadas pela Sesau (Secretaria de Saúde), que deu o aval para que pudessem ser utilizadas por profissionais que atuam nas unidades hospitalares. A diretora da Cadeia Pública Feminina, Fabiany Leandro, informou que primeiramente foram confeccionadas duas amostras, uma com um material duplo e outra com material triplo para serem avaliadas.
“Nossos secretários levaram essas amostras para esses profissionais que aprovaram as nossas máscaras. Estamos sendo demandados para produzir mais unidades e vamos trabalhar nesse sentido”, disse.
Cinco detentas trabalham na produção das máscaras. “Elas trabalham oito horas por dia com um intervalo para o almoço. Além de estarem contribuindo com a sociedade em um momento tão delicado, elas também são beneficiadas com a remissão de pena. A cada três dias trabalhados, a pena é reduzida em um dia”, explicou a diretora.
Fabiany também relatou um empecilho para a produção de máscaras em maior escala. “O comércio está fechado e estamos enfrentando dificuldades para conseguir o material para que elas possam continuar com a linha de produção, mas já estamos procurando uma solução para este problema e em breve vamos poder produzir em maior quantidade”, disse.
Para Raquel de Paula Sousa, uma das detentas que está na linha de produção, poder trabalhar na confecção das máscaras é gratificante. “Uma coisa que a gente não esperava acontecer era essa doença, mas infelizmente aconteceu. É muito importante pra mim poder contribuir, não pela remissão ou pela oportunidade de sair da ociosidade, mas sim pelo fato de poder ajudar e poder se proteger também. Sabemos que está tendo uma carência na cidade, no caso de máscaras, imagino que não tenha mais nem para vender, por isso estamos aqui produzindo, tentando colaborar, fazer a nossa parte”, declarou.
OFICINA – A oficina de corte e costura da Cadeia Pública Feminina existe desde 2018. Até o momento, o espaço era utilizado apenas para a confecção de uniformes para a própria unidade prisional. Segundo a diretora do local, a Sejuc pretende aumentar o espaço, colocar mais máquinas à disposição para que futuramente elas possam trabalhar na confecção de uniformes para tosas as unidades prisionais do Estado.
Fonte: Secom