CENTRO DE REFERÊNCIA – A partir de segunda feira (28), o GIGM implantará o CRI (Centro de Referência ao Imigrante) para prestar serviços de assistência social voltados a pessoas com vulnerabilidade alimentar e necessidades médicas, em especial os venezuelanos em situação de risco. De acordo com o coronel Edivaldo Amaral, o Governo do Estado, até o momento, está atuando sozinho e sem o apoio do Governo Federal nessa questão. “Já encaminhamos ofícios para os Ministérios da Defesa e da Justiça solicitando maior controle e fiscalização nas fronteiras com a Venezuela. Da mesma forma, enviamos documentos oficiais para o Ministério da Saúde e para a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pedindo apoio, mas até agora não houve resposta de nenhum dos órgãos federais”, informou.
INDÍGENAS – O número de indígenas com crianças nas ruas de Boa Vista, também é motivo de preocupação para as autoridades locais. Por isso, a partir desta semana, não será mais permitido o transporte de crianças para os semáforos. Serão colocadas equipes do Corpo de Bombeiros e da Setrabes, juntamente com o Conselho Tutelar e a Pastoral para realizar esse trabalho de fiscalização e conscientização.
SESAU – A Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) também participou do evento e apresentou dados sobre os atendimentos de saúde, principalmente no HGR (Hospital Geral de Roraima). Segundo Neuza Nascimento, técnica de Núcleo da SESAU, os venezuelanos representam um grande número quando se trata de atendimentos para estrangeiros. “Hoje, aproximadamente 60% dos estrangeiros que recebem atendimentos médicos no HGR são venezuelanos. Quando observamos o número de internações, eles representam quase 70%”, detalhou.
NÚMEROS – O tenente-coronel Doriedson Ribeiro, Secretário Executivo de Defesa Civil de Roraima, também participou do Seminário e apresentou os números obtidos com os cadastramentos realizados pelos CAMs (Centro de Atendimento ao Migrante). Existe um Centro que funciona como uma Unidade Móvel, e outros dois localizados em Pacaraima e na Setrabes (Secretaria de Trabalho e Bem Estar Social).“Cadastramos 2.234 venezuelanos em pouco mais de um mês de trabalho. A maioria apresenta a permissão de turismo para entrar no Brasil, mas já sabemos que este é um artifício para entrar no país de forma legal em busca de refúgio”, finalizou
Repórter: MACKSUEL LOPES | Edição: Johann Barbosa | Foto: Fernando Oliveira