A visita ao presídio foi um pedido do deputado Brito Bezerra (PP), líder do Governo na Assembleia
Os deputados membros da Comissão de Defesa dos Direitos e Humanos e das Minorias da Assembleia Legislativa de Roraima aprovaram na manhã desta quinta-feira, 30, um relatório de autoria do deputado Soldado Sampaio (PC do B), produzido a partir de uma visita ao ex-governador Neudo Campos na PAMC (Penitenciária Agrícola do Monte Cristo), realizada na terça-feira, 28.
O relatório, que deverá ser encaminhado ao Poder Judiciário, descreve as condições a que Neudo foi submetido no presídio, seu atual estado de saúde, as ameaças de possível rebelião, e a forma com que o ex-governador foi retirado do hospital mesmo sem autorização médica. O presidente da Comissão, deputado Joaquim Ruiz (PTN), explicou que a transferência agravou o estado de saúde do ex-governador, que se recupera de uma cirurgia na coluna e faz tratamento para depressão. “É algo que nos preocupa porque é a vida do cidadão que está em jogo. Então no relatório estão todas as situações que nós comprovamos pessoalmente que existem e pedindo que a justiça tome providências pela segurança e pela saúde do ex-governador”.
A visita ao presídio foi um pedido do deputado Brito Bezerra (PP), líder do Governo na Assembleia, que acompanhou a leitura e votação do relatório. Para ele, a saúde de Neudo é frágil e a PAMC não oferece condições para que ele tenha os cuidados médicos necessários. Ele lembrou também que foram divulgadas gravações de reeducandos com ameaças de rebelião e à vida do ex-governador. “O presídio não oferece condições de segurança, tendo em vista ameaças em gravações de presidiários que lá estão e que pode haver uma rebelião. Nós queremos que o senhor Neudo Campos cumpra sua pena num local adequado que é num hospital, numa internação. Nós não estamos buscando regalias e sim Justiça. Hoje ele é mais paciente do que um apenado”, concluiu Bezerra.
A votação foi unânime na Comissão e os deputados Gabriel Picanço (PRB), Lenir Rodrigues (PPS) e Aurelina Medeiros (PTN), mesmo não sendo membros, se disponibilizaram em acompanhar os trabalhos. O relatório deverá ser encaminhado também a Comissão de Diretos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Roraima).
Camila Dall”Agnol/SupCom ALE-RR
Fotos: SupCom ALE-RR