Bebê tinha infecção bacteriana, mas médica disse que era alergia, diz mãe.
‘Gestão não tem interferência na relação médico-paciente’, afirma Sesau.
Um bebê de um ano de idade recebeu, há duas semanas, um dignóstico errado durante atendimento no Hospital Irmã Aquilina, no município de Caracaraí, região Sul. Segundo a mãe, Josyh Rodigues, depois de levar o bebê para o Hospital da Criança, em Boa Vista, a família descobriu que ela tinha infecção bacteriana grave e não alergia, conforme diagnosticado em Caracaraí.
Ainda segundo a mãe, de 19 anos, quando ela levou o bebê ao hospital de Caracaraí, precisou esperar por duas horas para ser atendida.
“Meu filho apresentava umas manchas vermelhas e depois desse tempo de espera, a médica plantonista me disse que isso não era nada, que se tratava de uma alergia e me liberou”, conta a mãe, acrescentando que a profissional pediu para ela procurar um posto médico.
Josyh relata que com o passar dos dias, os ferimentos foram aumentando e as machas se espalharam pelo corpo do bebê.
Ela diz ter levado a criança novamente ao hospital, mas não foi atendida pela médica, que alegou “não ter mais fichas para consulta”.
“Foi quando eu fui para Boa Vista e a médica ao ver meu filho me disse que era uma infecção bacteriana e que precisava ser tratada com urgência. Aplicou uma medicação na veia e ele foi melhorando”, falou.
A mãe diz que continua tratando o filho com os remédios prescritos. “Espero que nenhuma mãe passe por isso, porque necessitamos de médicos competentes e não de pessoas que nos tratem mal”, desabafa a mãe.
É necessário denúncia formal, diz secretaria
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) esclareceu por meio de nota que “em respeito ao Código de Ética Médica, a gestão não tem interferência na relação médico-paciente”.
Diz ainda que “caso algum usuário faça uma denúncia formal sobre conduta médica no exercício da profissão em uma unidade do estado, a Sesau irá investigar o caso detalhadamente.
Se houver comprovação de falha, a secretaria irá adotar as providências cabíveis para punir o profissional administrativamente”, mas para isso, “é necessário que haja uma denúncia formal”, finaliza a nota.
FONTE: G1/GLOBO