Esse foi o maior volume de retiradas da aplicação desde o início da série histórica do Banco Central (BC), em janeiro de 1995

A fuga dos investimentos da caderneta de poupança no primeiro semestre deste ano chegou a 42,606 bilhões de reais, o maior volume da série histórica do Banco Central (BC) iniciada em janeiro de 1995. Até então, a primeira metade de 2015 era a responsável pelo pior resultado da aplicação, com um volume de saques 38,542 bilhões de reais superior ao de depósitos. O aumento do total de retiradas líquidas nos seis primeiros meses de um ano para o outro foi de 10,5%.
Esse resultado do acumulado de janeiro a junho de 2016 é formado por depósitos de 941,837 bilhões de reais e retiradas de 984,443 bilhões de reais. O pior momento dos últimos 21 anos para a caderneta de poupança foi em janeiro deste ano, quando os saques líquidos ficaram em 12,032 bilhões de reais. Nos meses seguintes, o resultado continuou negativo: 6,639 bilhões de reais em fevereiro, 5,380 bilhões de reais em março, 8,246 bilhões de reais em abril e 6,592 bilhões de reais em maio.
Volume de recursos – O volume de recursos que os investidores sacaram da poupança em junho, já descontadas as aplicações, foi de 3,718 bilhões de reais. Segundo dados do BC, apesar de negativo, a retirada foi a menor do ano até agora e também é inferior aos 6,261 bilhões de reais que deixaram a caderneta em igual mês do ano passado. Em janeiro deste ano, os saques superaram os depósitos em 12,032 bilhões de reais. Em fevereiro, as retiradas ficaram R$ 6,639 bilhões maiores do que as captações e, em março, 5,380 bilhões de reais. Em abril, o saldo ficou negativo em 8,246 bilhões de reais e, em maio, em 6,592 bilhões de reais.
De acordo com o BC, o total de aplicações no mês passado foi de 161,244 bilhões de reais e o de saques, de 164,963 bilhões de reais. O estoque desse investimento está em 638,223 bilhões de reais, já considerando os rendimentos de 4,076 bilhões de junho de reais. Com os rendimentos maiores do que o volume de retiradas, o patrimônio da caderneta, que recuava há cinco meses consecutivos, agora aumentou na margem.
Fonte:veja.abril.com.br