Com o fim da campanha mundial “16 dias de Ativismo e Enfrentamento a Violência Doméstica contra a mulher”, a Procuradoria Especial da Mulher, em parceria com a Federação Bandeirantes do Brasil, desenvolverá nos próximos dias a continuação do projeto “Vozes contra a Violência de Meninas e Mulheres” com capacitação de militares atuantes no Estado. A intenção, conforme a procuradora Especial da Mulher, deputada estadual Lenir Rodrigues (PPS), é diminuir os índices de violência doméstica e capacitá-los para prestação de um atendimento de qualidade às vítimas de violência. “Quando terminou os ’16 dias de ativismo’ o Movimento e a Procuradoria continuaram trabalhando nesse projeto”, ressaltou, e atribuiu a disseminação de conhecimentos feitos pelas técnicas integrantes do Centro Humanitário de Apoio a Mulher (Chame), por meio das palestras. Segundo Lenir, há estatísticas que apontam a redução no quantitativo de violência cometido por militares, “portanto quanto mais realizarmos prevenção, não só com os militares, mas em todas as áreas, reduziremos os índices de crimes”, ressaltou a parlamentar, e contou que é importante a ampliação da divulgação da Lei Maria da Penha (nº 11.340/06) ao público masculino. Desde o início do projeto, cerca de 300 militares passaram por capacitação, entre eles da Academia de Polícia Integrada (API), Polícia Militar de Roraima (PMRR) e o Corpo de Bombeiros Militar de Roraima (CBMRR). Os próximos serão os da Base Aérea de Boa Vista, com data ainda a ser definida. Conforme a psicóloga do Chame, Elizabete Brito, é importante que esse processo de capacitação aconteça com os militares, pois, por muitas vezes, os policiais são a porta de entrada das ocorrências. “Levamos todo esse conhecimento a eles para que, quando se depararem com esse tipo de ocorrência consigam identificar que aquela mulher esteja em sofrimento psicológico também”, complementou. A advogada do Chame, Sara Patrícia Farias, frisou que o Chame tem feito o trabalho de prevenção e conscientização em todos os dias do ano. “A nossa intenção é energizar esse trabalho com os homens, com a PMRR inclusive que está na linha de frente e atende essa mulher. Para nós a qualificação desse pessoal é muito importante”, disse.
Yasmin Guedes
SupCom ALERR