Merengues entraram melhor, mas Barça elevou o nível na segunda parte. Expulsão de Carvajal foi o princípio do descalabro de Ronaldo e companhia.
Com Ronaldo no onze, os merengues até entraram melhor na partida e o avançado português ainda chegou a introduzir a bola na baliza blaugrana logo aos 2 minutos, mas em posição irregular.
Real mandão e Barça a cheirar a bola
Com um meio-campo preenchido, o Real montou uma teia eficaz aos visitantes, que raramente conseguiam sair em ataque organizado. A equipa de Zinedine Zidane não tinha só mais controlo do espaço. Tinha também mais bola, elemento tão impregnado do ADN de um Barça estranhamente amorfo e que foi para o intervalo com um nulo lisonjeiro.
Cristiano Ronaldo (por duas vezes) e Benzema não conseguiam dar corpo à superioridade madridista numa primeira parte que foi quase a antítese do que se viu na etapa complementar.
Barça revigorado no regresso dos balneários
Papéis invertidos no reatamento, que trouxe um Barça hegemónico e que aos poucos foi empurrando os merengues para trás.
Só que a equipa de Ernesto Valverde soube aliar a supremacia à eficácia e Suárez gelou o Bernabéu aos 54’ na conclusão de um contra-ataque conduzido de forma exímia por Rakitic.
Cabia ao Real voltar a assumir as despesas da partida, mas os homens de Zidane foram ao fundo dez minutos depois. Numa jogada em que o Barcelona chegou a acertar no poste, Carvajal evitou o golo dos visitantes com a mão em cima da linha de golo e acabou expulso.
Sentença assinada por Lionel Messi, pesadelo para os adeptos madridistas pela 25.ª vez na carreira, 15.ª no Bernabéu.
O ‘El Clásico’ terminou com três portugueses em campo (Semedo e André Gomes foram lançados já depois do 2-0) e um Real a tentar, sofregamente e com dez, voltar à luta.
Atitude estoica mas inglória, até porque Aleix Vidal (a passe de Messi), em período de descontos, deu contornos de humilhação a um desaire já comprometedor por natureza
Não aconteceu. O Barcelona sai de Madrid com o eterno rival a uns impensáveis 14 pontos na Liga espanhola e com o título cada vez mais perto, numa altura em que ainda falta jogar-se mais de meio campeonato. Quem diria há uns meses…
Onze do Real Madrid: Navas, Carvajal, Varane, Ramos e Marcelo; Casemiro, Kovacic, Kroos e Modric; Cristiano Ronaldo e Benzema.
Onze do Barcelona: Ter Stegen; Sergi Roberto, Piqué, Vermaelen e Jordi Alba; Busquets, Rakitic, Iniesta e Paulinho; Messi e Luis Suárez.
POR DAVID MARQUES