Paciente foi encaminhada para uma consulta neurológica, no Coronel Mota.
Secretaria diz que adiamento da consulta foi devido a falta de profissional.
(Foto: Arquivo pessoal/Francinete Silva)
Uma adolescente, de 13 anos, espera há dois meses por uma consulta neurológica em Boa Vista. Segundo a mãe, Francinete Silva, a filha foi levada ao Hospital da Criança Santo Antonio, onde recebeu os primeiros atendimentos. Mas foi encaminhada ao Hospital Coronel Mota para uma consulta neurológica, devido a idade.
Francinete diz que a menina recebeu o encaminhamento para realizar a consulta em abril de 2016. No entanto, ao ir ao hospital em maio, não foi atendida porque a médica não compareceu ao Hospital Coronel Mota. “Eles disseram que a doutora não compareceu à unidade e que iam me ligar para informar uma nova data, mas nunca fizeram isso”, afirma.
Segundo a mãe, a filha não consegue se manter em pé porque não tem forças nas pernas. A garota passa a maior parte do tempo deitada sentindo fortes dores. “Ela chora bastante com muitas dores nas costelas e no estômago”, conta a mãe, acrescentando que durante a noite a filha quase não consegue dormir com muita aflição e que os médicos ainda não conseguiram diagnosticar a doença da filha.
De acordo com a mãe, os sintomas da filha são dores no estômago, fraqueza nos ossos, dores de cabeça e alta sensibilidade no corpo. “Ela não consegue fazer nada. Vive pelos cantos chorando. Quero que essa situação se resolva e que o estado tome alguma providência”, finaliza Francinete.
Prefeitura
A Prefeitura de Boa Vista informa que o Hospital da Criança Santo Antonio “atende crianças com até 12 anos de idade. A partir dos 13, o paciente é responsabilidade do Governo do Estado”, cita a nota.
O que o governo diz
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informa que o adiamento da consulta da paciente “ocorreu devido a um imprevisto, que é a falta eventual de um profissional. Deste modo, esclarecemos que a paciente será reagendada com prioridade”.
A nota cita ainda que a especialidade neurológica possui poucos profissionais no Estado, e além disso, o Hospital Coronel Mota registra um número extremamente alto de faltosos. “Somente no mês de maio, mais de 4,6 mil pessoas faltaram às consultas agendadas na unidade, o equivalente a 30% das consultas marcadas”, afirma.
“Já estamos elaborando uma série de ações para diminuir o número de faltosos, para com isso, diminuir o tempo de espera pelas consultas no hospital”, diz.
FONTE: G1/GLOBO